terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Tenha cuidado com este Inverno. Vai ser muito frio…e caro!

Está um frio!!! É a expressão mais ouvida nos últimos dias, na boca de toda a gente. Dos mais velhos aos mais novos, dos mais encalorados aos mais friorentos, não há ninguém a quem não lhe tenha já chegado o frio. Por todo o lado, desdobram-se as recomendações para que os cuidados com o frio sejam muitos e constantes, com especial atenção às crianças e aos menos jovens. Várias peças de roupa, protecção para as mãos, para a cabeça e ouvidos, cremes hidratantes para a pele e lábios, calçado adequado enfim, um manancial de cuidados, todos eles necessários e bem vindos, numa época em que o clima severo traz muitas vezes também as típicas complicações de saúde.


Neste contexto de frio, seria de esperar que, associado às inúmeras chamadas de atenção e títulos de jornais sobre os cuidados a ter, víssemos incluída também uma outra questão muito importante, em especial numa época de crise financeira que afecta sobretudo as famílias, que se refere aos custos com o aquecimento das habitações mas também de espaços de trabalho e serviços. Poderia começar por dizer que a climatização dos edifícios se faz maioritariamente através do consumo de energia eléctrica e que a sua produção implica uma emissão significativa de gases com efeito de estufa para a atmosfera, o que sendo verdade, confesso que não esperava vir a tocar o íntimo dos leitores, já que não se espera que as pessoas passem frio para evitar a emissão de CO2 para a atmosfera. Antes, e mais relevante nesta fase, penso que é importante encarar o problema por uma outra perspectiva – a perspectiva do uso racional e da economia de energia – que terá como consequência directa um menor custo da energia para as famílias e para as empresas, ao mesmo tempo que representará uma menor emissão de CO2 para a atmosfera.


É muito comum, tendo sido notícia de abertura de alguns noticiários nos últimos dias, a ocorrência de acidentes domésticos decorrentes de sobrecargas eléctricas, algumas com perda de vidas humanas, devido à utilização intensiva de aparelhos de aquecimento de vários tipos. A corrida aos aquecedores eléctricos e a gás que se registou nos últimos dias, tem uma consequência directa e muito negativa no consumo de energia das famílias, com o consequente e indesejado aumento das facturas a pagar.


Muitas das habitações em especial no caso do Barreiro, foram construídas numa época em que não se integravam preocupações com as soluções construtivas para poupar energia. O resultado é a inexistência de paredes duplas ou isolamentos térmicos e aplicação de caixilharia sem corte térmico ou telhados sem isolamento, o que criou hoje uma maior necessidade por parte dos seus habitantes, no que toca à climatização destas habitações.


Para os que possam integrar soluções de fundo no que toca à intervenção nas suas habitações, recomenda-se vivamente uma auditoria energética à habitação, para que possa decidir de forma informada e eficiente, quais os investimentos mais correctos a fazer. Para aqueles que, sendo seguramente a maior parte, se vêem obrigados ao uso de sistemas de climatização como forma de se manterem quentes nas suas habitações, gostava de deixar alguns conselhos úteis que, se forem seguidos, vão reduzir seguramente a factura energética mantendo o nível de conforto:


- Sempre que considere necessário e só nesse caso, promova a ventilação da habitação logo pela manhã, e por um curto período de tempo. Assim, estará a renovar o ar interior, promovendo a ventilação, seguindo-se um período em que normalmente os ocupantes das habitações saem para os empregos/escola, tendo menos impacto no conforto;


- Sempre que possível, deixe os estores das janelas abertos e os cortinados recolhidos no período do dia. Assim permitirá a entrada dos raios solares e contribuirá para o aquecimento do ar interior da habitação;


- Na utilização de aquecedores eléctricos, evite os que têm a resistência à vista (lâmpada), pois estes reduzem significativamente a humidade do ar, sendo menos eficientes no aquecimento que, por exemplo, os termo-ventiladores;


- Evite climatizar demasiado apenas algumas divisões da habitação, e faça-o só naquelas que sabe que vai efectivamente utilizar. O sobreaquecimento pode gerar diferenças de temperatura entre divisões que podem ser significativas. Não se esqueça que estar sujeito a mudanças bruscas de temperatura pode trazer complicações de saúde indesejadas;


- Use alguma roupa quente quando se encontra em casa e proteja os pés com calçado adequado. Assim evita ter de aquecer demasiado a habitação, o que lhe sai muito mais barato e evita desperdiçar calor que se manterá quando já não precisa dele;


- Nunca deixe aparelhos de aquecimento ligados durante a noite, com excepção dos que são instalados para acumular calor em período nocturno, como o caso dos acumuladores cerâmicos. A noite é o período de menor vigilância e por isso maior risco. Lembre-se que um cobertor adicional evita a necessidade de aquecimento, com a poupança de energia e logo, um menor custo;


- Equacione a possibilidade de recorrer à utilização de tarifa bi-horária, fazendo para isso uma simulação do seu consumo através do site da EDP ou do seu fornecedor de energia eléctrica.


E como este é o primeiro artigo de 2009, desejo a todos um Excelente Ano, com baixos consumos de energia.


Nuno Banza

1 comentário:

FÁBRICA das CARICATURAS disse...

Temos blog....!!!
Abraço