Jangada de Pedra
A parte que se separa do todo, sem que este o deixe de ser. A conquista da liberdade das ideias presas aos sonhos!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
O fogo criminoso não evitará a Classificação da Mata da Machada e do Sapal do Rio Coina!
Tratou-se de duas ocorrências que só se podem justificar com dois actos criminosos, que de forma vil e premeditada intentaram contra um espaço de superior importância, não apenas do ponto de vista do seu coberto florestal, mas e sobretudo como espaço de importância natural inquestionável para o concelho do Barreiro e mesmo para a região, facto que faz com que seja justificada a intenção de o classificar como área protegida. O seu valor vai muito para além das árvores ou dos matos que o compõem e a sua relação íntima com o Sapal do Rio Coina enchem o Barreiro de orgulho em ter no seu pequeno território estes dois espaços.
O processo de classificação do Sapal é dinâmico e começa a ganhar vida própria. Decorre actualmente o período informal de consulta pública, que terminará a 12 de Setembro, sendo de referir as muitas opiniões e sugestões que foi possível já recolher de milhares de cidadãos que se envolveram com estes dois espaços através da riquíssima agenda de actividades que a Mata da Machada oferece até ao final do período de consulta pública.
Todas as iniciativas que temos organizado só contribuem para fortalecer a ligação dos cidadãos do Barreiro a estes dois espaços naturais e por isso, estamos convictos de que a Classificação destes dois locais se tornou incontornável. Se um fogo criminoso devastar alguma área, como o que aconteceu nestes dois dias anteriores, o trabalho será mais difícil, demorará mais tempo e provavelmente custará a todos mais.
Mas de uma coisa podem estar certos, nenhum criminoso pirómano conseguirá parar o processo de Classificação da Mata Nacional da Machada e do Sapal do Rio Coina como áreas protegidas locais. Porque o Barreiro se preocupa com os seus espaços naturais e trabalhará arduamente para que essa vontade seja uma realidade. Para este objectivo, todas as ajudas são importantes. Conto consigo para esta tarefa! Ajude a defender a Mata Nacional da Machada e o Sapal do Rio Coina!
Barreiro, 13 de Julho de 2010.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
É preciso começar a pensar nos problemas do país!
É ponto assente que o nosso país se encontra numa situação muito difícil do ponto de vista económico e social, com taxas de desemprego historicamente altas, com uma perda de tecido produtivo absolutamente assustadora, ao mesmo tempo que a economia e a criação de riqueza não dão sinais de inverter o ciclo negativo em que estão mergulhadas. As consequências são de todos conhecidas, e as políticas públicas implementadas pelo Governo não se têm mostrado capazes de dar a volta a esta situação. O contributo dos apoios comunitários está mergulhado em procedimentos e burocracias inadmissíveis, que infelizmente explicam as baixas taxas de acesso aos fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégico Nacional – QREN – a nossa última oportunidade de nos aproximarmos da média europeia.
Num contexto tão desfavorável como o que vivemos, onde o modelo de governação socialista se esgotou a si próprio, felizmente antes de esgotar o País, é inevitável encontrar um caminho alternativo para Portugal. Não é apenas uma opção, trata-se indiscutivelmente de uma necessidade. Esse caminho alternativo terá de conseguir motivar os cidadãos para a construção de um país mais justo, mais eficiente, mais produtivo, que apoie a iniciativa individual de quem está disposto a correr riscos e a investir para inverter a situação em que nos encontramos. Encontrar mecanismos que tornem mais fácil a criação de riqueza e com isso aumentar a capacidade do estado para que possa ter mais e melhor intervenção na qualidade de vida dos cidadãos, deve ser considerado um desígnio nacional.
Pedro Passos Coelho disse hoje que “Para sabermos no que estamos unidos, temos de saber o que pensamos.” Com a edição do livro “Mudar”, ele partilha connosco algumas das suas ideias sobre um conjunto de áreas de interesse na governação de Portugal num esforço claro de unir em torno de propostas concretas, todos aqueles que querem e desejam um futuro melhor para o seu país.
A clareza com que expõe as suas ideias, permitirá aos Social-Democratas, mas sobretudo aos cidadãos que de alguma forma se preocupam com o país onde vivem, perceber que existe uma alternativa credível e motivadora de um novo ciclo político. Um ciclo político marcado pelo respeito pelos portugueses e pela cultura do rigor, ao mesmo tempo que se estimula o crescimento económico e a criação de riqueza. Preocupações complexas como o desemprego, o endividamento externo ou a competitividade só encontrarão resposta numa política competente, liderada por um protagonista capaz de concretizar estes objectivos.
Por tudo o que sei sobre as suas ideias e convicções, que muito bem exprime no seu livro, Pedro Passos Coelho é, não só indiscutivelmente a minha escolha para líder do meu partido, o PSD, mas é sobretudo a minha escolha para liderar os destinos do meu país, Portugal!
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Tenha cuidado com este Inverno. Vai ser muito frio…e caro!
Neste contexto de frio, seria de esperar que, associado às inúmeras chamadas de atenção e títulos de jornais sobre os cuidados a ter, víssemos incluída também uma outra questão muito importante, em especial numa época de crise financeira que afecta sobretudo as famílias, que se refere aos custos com o aquecimento das habitações mas também de espaços de trabalho e serviços. Poderia começar por dizer que a climatização dos edifícios se faz maioritariamente através do consumo de energia eléctrica e que a sua produção implica uma emissão significativa de gases com efeito de estufa para a atmosfera, o que sendo verdade, confesso que não esperava vir a tocar o íntimo dos leitores, já que não se espera que as pessoas passem frio para evitar a emissão de CO2 para a atmosfera. Antes, e mais relevante nesta fase, penso que é importante encarar o problema por uma outra perspectiva – a perspectiva do uso racional e da economia de energia – que terá como consequência directa um menor custo da energia para as famílias e para as empresas, ao mesmo tempo que representará uma menor emissão de CO2 para a atmosfera.
É muito comum, tendo sido notícia de abertura de alguns noticiários nos últimos dias, a ocorrência de acidentes domésticos decorrentes de sobrecargas eléctricas, algumas com perda de vidas humanas, devido à utilização intensiva de aparelhos de aquecimento de vários tipos. A corrida aos aquecedores eléctricos e a gás que se registou nos últimos dias, tem uma consequência directa e muito negativa no consumo de energia das famílias, com o consequente e indesejado aumento das facturas a pagar.
Muitas das habitações em especial no caso do Barreiro, foram construídas numa época em que não se integravam preocupações com as soluções construtivas para poupar energia. O resultado é a inexistência de paredes duplas ou isolamentos térmicos e aplicação de caixilharia sem corte térmico ou telhados sem isolamento, o que criou hoje uma maior necessidade por parte dos seus habitantes, no que toca à climatização destas habitações.
Para os que possam integrar soluções de fundo no que toca à intervenção nas suas habitações, recomenda-se vivamente uma auditoria energética à habitação, para que possa decidir de forma informada e eficiente, quais os investimentos mais correctos a fazer. Para aqueles que, sendo seguramente a maior parte, se vêem obrigados ao uso de sistemas de climatização como forma de se manterem quentes nas suas habitações, gostava de deixar alguns conselhos úteis que, se forem seguidos, vão reduzir seguramente a factura energética mantendo o nível de conforto:
- Sempre que considere necessário e só nesse caso, promova a ventilação da habitação logo pela manhã, e por um curto período de tempo. Assim, estará a renovar o ar interior, promovendo a ventilação, seguindo-se um período em que normalmente os ocupantes das habitações saem para os empregos/escola, tendo menos impacto no conforto;
- Sempre que possível, deixe os estores das janelas abertos e os cortinados recolhidos no período do dia. Assim permitirá a entrada dos raios solares e contribuirá para o aquecimento do ar interior da habitação;
- Na utilização de aquecedores eléctricos, evite os que têm a resistência à vista (lâmpada), pois estes reduzem significativamente a humidade do ar, sendo menos eficientes no aquecimento que, por exemplo, os termo-ventiladores;
- Evite climatizar demasiado apenas algumas divisões da habitação, e faça-o só naquelas que sabe que vai efectivamente utilizar. O sobreaquecimento pode gerar diferenças de temperatura entre divisões que podem ser significativas. Não se esqueça que estar sujeito a mudanças bruscas de temperatura pode trazer complicações de saúde indesejadas;
- Use alguma roupa quente quando se encontra em casa e proteja os pés com calçado adequado. Assim evita ter de aquecer demasiado a habitação, o que lhe sai muito mais barato e evita desperdiçar calor que se manterá quando já não precisa dele;
- Nunca deixe aparelhos de aquecimento ligados durante a noite, com excepção dos que são instalados para acumular calor em período nocturno, como o caso dos acumuladores cerâmicos. A noite é o período de menor vigilância e por isso maior risco. Lembre-se que um cobertor adicional evita a necessidade de aquecimento, com a poupança de energia e logo, um menor custo;
- Equacione a possibilidade de recorrer à utilização de tarifa bi-horária, fazendo para isso uma simulação do seu consumo através do site da EDP ou do seu fornecedor de energia eléctrica.
E como este é o primeiro artigo de 2009, desejo a todos um Excelente Ano, com baixos consumos de energia.
Nuno Banza
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
O Monstrengo que está no fim do mar,
domingo, 14 de dezembro de 2008
Uma nova travessia do Tejo - Excelente! Mas só isso não chega! E o resto…?
Nuno Banza
terça-feira, 4 de novembro de 2008
A Cidade – de fonte de problemas a fonte de soluções!
Em regimes mais ou menos democráticos, a gestão das urbes é uma matéria que esteve sempre envolvida em polémica. Nos dias de hoje também a cidade continua a estar permanentemente envolvida em quezílias bairristas, partidaristas, de vizinhança e muitas vezes até clubistas, que vão alimentando a sua vivência. As cidades foram desde sempre uma forma útil que o homem encontrou para ter segurança, ter condições de vida mais favoráveis, criar condições de desenvolvimento social para fazer face às suas crescentes necessidades, o que faz com que a cidade possa ser vista como um organismo vivo e dinâmico. Com mais ou menos problemas, cada cidade faz o seu caminho, em função dos estímulos que lhe são fornecidos e vai encontrando formas de se desenvolver. É certo que muitas vezes a leitura que se faz desse desenvolvimento é ao mesmo tempo muito negativa e muito positiva, e permite até alimentar teses de catastrofismo, ou de ressurreição, muito convenientes em função dos interlocutores. Porém, a experiência mostra que as cidades são acima de tudo inteligentes na forma como resolvem os seus problemas. Grandes conflitos de interesses entre os actores das cidades geraram oportunidades únicas para encontrar soluções expeditas e inovadoras nunca antes experimentadas.
No caso do Barreiro, muito se tem dito e escrito sobre o rumo que a cidade está a seguir, e no qual o dia de ontem terá certamente um lugar de destaque. Não estou completamente certo que este é o melhor rumo, ao mesmo tempo que se me levantam dúvidas em relação a algumas opções concretas. Mas no meio das dúvidas que tenho e que certamente serão comuns a muitos Barreirenses, tenho algumas certezas que me deixam dormir descansado. É que a Cidade do Barreiro, como muitas cidades por esse mundo fora, é um sistema vivo, e os seus habitantes têm um papel preponderante na construção do seu futuro. Estimular a sua participação activa e informada é uma responsabilidade comum a todas as instituições públicas, mas não deixa de ser um dever de todos os habitantes contribuírem activamente para a construção do futuro que se quer para a cidade onde vivem. Quanto maior for a diversidade de opiniões, mais ricas serão as soluções que se constroem
É função dos decisores fazerem isso mesmo - decidir. Sabemos sempre que essas decisões não darão resposta às expectativas de todos os habitantes da cidade. O que temos de exigir é que essas opções sejam honestas. Se as opções que agora se constroem, se mostrarem no futuro acertadas, a cidade continuará o seu caminho assente nessas opções. Se elas se mostrarem erradas e geradoras de mais problemas que soluções, com toda a certeza que encontraremos forma de transformar essas ameaças em oportunidades e faremos o nosso caminho, caminhando. O Barreiro não começou, nem acabou ontem!
Como enuncia o ICLEI – International Council for Local Environmental Iniciatives (Conselho Internacional para as Iniciativas Ambientais Locais): “É necessário criar comunidades sustentáveis, através de economias locais viáveis, justas, pacíficas e integradoras, eco-eficientes e assentes em cidades saudáveis.” É este o objectivo para uma nova cidade.
Nuno Banza